Câmara debate situação do Manguezal do Itacorubi, da Ponta do Goulart, Lessa e Coral e por maioria vota contra Audiência Pública

Por pequena margem de votos não foi aprovado o Requerimento do vereador Lino Peres para a realização de uma Audiência Pública para discutir a situação do Manguezal do Itacorubi, da Ponta do Goulart, da Ponta do Lessa e da Ponta do Coral, debatida na Sessão de segunda-feira, 25, na Câmara de Vereadores. Há uma Audiência a ser agendada para debater a questão específica da Ponta do Coral, mas o objetivo do vereador Lino era enfocar especificamente a situação de um ecossistema fundamental para a preservação ambiental na Ilha, como é o do Itacorubi, um dos poucos manguezais urbanos no país, já muito descaracterizado por excessivas intervenções urbanísticas.

Além disso, há dificuldades de gestão, hoje sob coordenação da Floram, e o vereador assinala que é preciso debater a forma de gestão e o modelo de urbanização que se expande no entorno da área. “Essa proposta e a forma de encaminhá-la, entre outras questões, como o saneamento básico, seriam justamente os objetivos da realização da Audiência Pública que propomos”, diz o vereador.
 

Para ele, o enfoque desse debate deve ser integrado, levando em conta todo o ecossistema da região, inclusive sua relação com a Estação Ecológica de Carijós, no Norte da Ilha. De nada adianta discutir apenas a Ponta do Coral, com ou sem o proposto empreendimento de um hotel ou outros usos, porque aquela área não pode ser vista como isolada de seu entorno. O Requerimento de Audiência Pública específica sobre a Ponta do Coral em trâmite na Câmara, além disso, repete, por seu objeto, duas Audiências Públicas já realizadas e focadas unicamente no proposto empreendimento do hotel, o que limite a possibilidade de um debate mais amplo sobre as outras possibilidades de uso da área.